Exames Também Erram!
Atualmente, criou-se a impressão que o médico cuidadoso é aquele que pede muitos exames. Mas os exames também erram, entenda melhor:
O que nunca te contaram é que todo exame erra, mesmo aqueles que a gente pede corretamente. Porém a chance de erro é muito maior quando não há indicação ou propósito. Por exemplo, um exame simples como a glicemia de jejum (açúcar do sangue) fica mais baixo que o valor real apenas se demorar a ser analisado. Outro exemplo são vários hormônios que mudam o resultado de acordo com a hora do dia em que são coletados.
Portanto, quando se pede um exame, o médico deve estar preparado para o caso de erros no resultado, incompatível com o quadro clínico do paciente. Essa preparação é fundamental para não julgarmos erradamente o que o exame diz.
O mais importante é a conversa
O passo mais importante da avaliação é conversa com o paciente, chamada de anamnese. É nesse momento que o médico vai entender as queixas da pessoa, como elas evoluíram e assim criar uma hipótese diagnóstica. Apenas após pensar nessas hipóteses é que ele vai escolher os melhores exames para confirmar ou excluir essa hipótese. Esse raciocínio serve também para aqueles exames de prevenção (check-up), pois devemos saber para quais pessoas cada exame é útil. Ou seja, não devemos pedir tudo para todo mundo.
Em resumo, o exame vai responder uma pergunta do médico. Então se o médico não sabe o que pergunta, ele também não vai saber se a resposta está correta ou não. Nesse caso, a dica é: o médico mais cuidadoso é aquele que conversa e principalmente o que ouve você!
Mas os exames também erram e por isso deve haver cuidado com as solicitações em excesso. Você paciente, valorize o médico que conversa mais e pede só o necessário!
